Depois da vitória decisiva no terceiro jogo da série semifinal, JF Vôlei já mira confronto importante na atual edição da Superliga B
Por Lorenzo Baer

FOTO: COAST.FC | JF VÔLEI
Uma gangorra de emoções que ligou Fortaleza e Juiz de Fora no decorrer de três semanas e três duelos. Esse foi o resumo das partidas entre JF Vôlei e Norde Vôlei pelas semifinais da Superliga B 2024/25, confrontos que entregaram ao público um grande espetáculo, e que, por fim, puderam demonstrar porque a competição é uma das mais disputadas do voleibol nacional.
Apesar de começar atrás no duelo, com uma derrota no primeiro confronto da série, disputado Fortaleza, jogadores e comissão técnica do JF Vôlei correram atrás do placar nas duas partidas restantes, realizadas já no coração da Zona da Mata mineira. Os dois triunfos somados em tais jogos foram determinantes para que o time de Juiz de Fora garantisse seu primeiro grande objetivo da temporada: a vaga na próxima edição da Superliga, a divisão de elite do voleibol nacional.
Mesmo com esse enredo quase que ideal, a jornada do JF Vôlei nas semifinais não foi tão fácil assim. Todas as três partidas foram francamente disputadas entre o time juiz-forano e seu semelhante nordestino, com cada equipe tendo seu momento de superioridade no duelo.
Tal característica nas partidas semifinais ofereceu um interessante contraste frente ao primeiro encontro entre as equipes na temporada, realizado em dezembro durante a fase de pontos corridos da Superliga B. À época, a partida foi bem mais simples de resolução ao time juiz-forano, com a equipe conquistando uma categórica vitória por três sets a zero.
Mas um jogo de playoffs é bem diferente daquele da fase regular, e o time juiz-forano sentiu isso na pele no primeiro confronto das semifinais contra o Norde, disputado no dia 26 de março, no Ginásio Aécio de Borba, em Fortaleza. Apesar de disparar na frente no placar, conquistando o primeiro set na disputa, o JF Vôlei não conseguiu capitalizar com a vantagem.
Como consequência, o rival nordestino buscou o empate e, posteriormente a virada, com o JF Vôlei tendo que se contentar em voltar para casa com uma derrota por três sets a um na mala – a primeira derrota do time em toda a atual edição da Superliga B, somadas fase regular e mata-mata.
Para reverter esse placar adverso, o JF Vôlei partiu com tudo para o segundo confronto da série, disputado já no Ginásio Municipal, em Juiz de Fora, no dia 1º de Abril. Embalado pelo apoio massivo da torcida juiz-forana, que quebrou o recorde de público em partidas de voleibol na cidade, o time buscou imprimir seu ritmo de jogo.
Com parciais incontestáveis, JF Vôlei levou a segunda partida das semifinais por três sets a zero, com a coletividade e equilíbrio de jogo se demonstrando decisivos para negar oportunidades de jogo por parte do Norde.
Assim, com tudo empatado, o jogo três seria o determinante para as aspirações do JF Vôlei na competição, com a final estando a apenas um jogo de distância. Por conta disso, o time de Juiz de Fora levou o primeiro set, enquanto o Norde buscou a virada, conquistando os dois seguintes.
No entanto, mais uma vez a torcida começou a fazer a diferença e o momento, que estava pendendo para o time visitante, começou lentamente a favorecer o time de Juiz de Fora. Novo empate entre as equipes no dois a dois, com todas as emoções mais fortes sendo guardadas para o derradeiro momento da partida: o tie-break.
No tenso set de desempate, em que ambas as equipes se recusaram a desperdiçar pontos, seria em um erro de ataque do Norde Vôlei que a partida e a série encontrariam seu fim. O JF Vôlei retorna a final da Superliga B depois de cinco anos, com o objetivo de fechar de maneira memorável uma temporada que tem se provado histórica para o vôlei juiz-forano.
A grande presença do público em ambos os duelos das semifinais em Juiz de Fora, totalizando, entre os dois jogos disputados no Ginásio Municipal mais de 11 mil espectadores, também demonstra como o projeto vem se consolidado no cenário da cidade, com tais marcos se provando essenciais para pavimentar o trabalho da agremiação nos campos da base e profissional.